Uma das piores e mais curtas experiências com jogos de anime
Os fãs do anime aguardaram ansiosamente pelo lançamento deste jogo, KILL la KILL -IF, com a promessa de ver novamente os rostos da Ryuko e Satsuki. Como esperado, a jogabilidade gira em torno de combates, com dublagens e cutscenes da obra original. Até então tudo parece perfeito, mesmo para entusiastas no ramo de jogos de anime, mas você verá ao longo desta análise que há muito mais pontos negativos do que positivos.
Infelizmente fui alertado para não dar spoilers sobre o enredo, porém posso dizer que o capítulo 1 da saga principal segue como o esperado: Satsuki logo de cara entra em combate, e ela será a protagonista por toda esta saga principal. Há uma história paralela que será outra saga de KILL la KILL -IF, agora com a perspectiva de Ryuko. Ambas as sagas, com 10 capítulos cada, devem render um total de 4 horas de jogatina. Este foi um dos fatores que mais me decepcionaram, o conteúdo principal é extremamente curto. Fora que a campanha da Ryuko é praticamente igual à campanha da Satsuki em termos de inimigos e afins, a única diferença notável são alguns cenários.
Antes de passarmos por qualquer uma das histórias, teremos que fazer o tutorial, e sendo bem sincero, ele está bem completo. Claro que o papel de todo tutorial é ser completo e tudo mais, contudo alguns ainda deixam a desejar. Aqui aprenderemos a usar e explorar todas as técnicas de combate. KILL la KILL -IF possui uma das maiores variações de combos em que já vi em jogos similares, e claro que isso foi um tanto satisfatório pois as lutas não ficavam tão monótonas. A mecânica em si também ficou boa mesmo que já seja explorada em outros jogos, há personagens que precisam atacar de longe para tirar vantagem do oponente. Claro que, para jogos do gênero, recomendo que utilize controles de console.
Além da campanha podemos usufruir de outros modos de jogo como versus, desafio, treinamento e podemos até mesmo re-jogar o tutorial. Contudo há uma carência de personagens, o que já era de se esperar pelo número de protagonistas do próprio anime, nos fazendo enjoar rápido seja qual for o modo de jogo. No modo versus podemos jogar tanto o local quanto o online, em batalhas casuais ou ranqueadas. Sinceramente o modo online foi uma furada total, já que é muito difícil de encontrar outros jogadores disponíveis e aptos a procurar uma partida. O máximo que você conseguiria fazer é convidar um amigo ao lobby e jogar com ele. Por conta disso não pude sequer testá-lo e nem testar a conexão das partidas.
Sobre a parte visual, não há muito o que comentar, são traços do anime por assim dizer, mas creio que eles poderiam ter variado muito mais no número de cenários. Em meio às lutas dá para perceber que o jogo não foi bem polido, mesmo rodando na casa dos 60fps parecia que os oponentes se movimentavam de forma meio travada. Sendo bem franco, os requisitos mínimos que pedem para algo deste porte só mostra como os desenvolvedores não se importavam com otimização, e não chega nem perto de Naruto Storm 4 na questão de quantidade de partículas e qualidade dos efeitos. Durante a jogatina presenciei diversos crashes, tanto na loading screen quanto na tela de escolha de personagens. A soundtrack, pelo que notei, só há duas e ficam intercalando entre o menu do jogo e as lutas.
Chegando ao veredito, não recomendo KILL la KILL -IF. O jogo traz certa emoção, porém é uma experiência muito curta e broxante, que dura cerca de quatro horas se for jogado só o modo campanha. O detalhe nisso tudo é que eles realmente não foram a fundo na implementação, títulos desse gênero precisam de conteúdo para sobreviverem e não se tornarem saturados. Eles não necessitam ter alto nível de exploração e afins, algo na pegada de Saint Seiya: Soldiers’ Soul já estaria de bom tamanho. O preço cobrado é absurdo, no nível de triple A, com uma qualidade muito inferior. Aguarde uma promoção, na faixa dos R$39,99 creio que seja mastigável, mesmo para os fãs do anime.
Jogo cedido pela PQube, disponível para PC, PS4 e Nintendo Switch.
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