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Análise – Terraria

por Nikolas Motta
Publicado em Atualizado em 5 minuto(s) de leitura
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Terraria é um sandbox em 2D, com grande enfoque na construção através do colhimento de recursos conseguidos por meio da escavação do cenário. Com um vasto mundo a ser explorado, o jogo oferece várias horas de jogo, com amplo leque de itens a serem fabricados e até chefões, que vão se mostrando conforme progredimos no jogo.

Não há nenhuma espécie de narrativa, porém o jogo vai fluindo e cria a sensação de progresso conforme os eventos vão ocorrendo, e suas edificações subindo. É como se o jogo sentisse seu avanço na exploração do mapa, e, a cada novo marco, novos desafios são liberados.

Ao iniciar, é possível escolher entre o mapa pequeno, médio ou grande, mas mesmo o pequeno, é realmente imenso. Todos os mundos são gerados de forma aleatória, mas seguindo sempre um padrão, de forma que sempre contenha os elementos necessários para que o jogador possa evoluir do zero.

Desta forma, pode ser que determinado material ou mesmo monstro não esteja presente no mundo criado por você, mas haverá sempre um equivalente. Aliás, existem até áreas inteiras que funcionam desta forma, como é o caso da Corruption/Crinson, áreas amaldiçoadas, que sempre apareceram em alguma parte do mapa.

Uma das coisas interessantes é que os terrenos além de serem completamente destrutíveis, podem ser cultivados, de forma que você possa transformar a paisagem de acordo com os seus interesses. Assim, o jogo mantém alto o sentimento de curiosidade implantado no coração do jogador desde o momento que inicia o jogo pela primeira vez.

Na superfície, a vida segue o ciclo dia e noite, sendo o dia um período de calma, e coisas estranhas acontecendo ao cair da noite, como o aparecimento de zumbis e olhos de carne voadores, forçando o jogador a fugir para sua construção. Quando você já estiver forte suficiente para suportar a invasão zumbi, provavelmente já haverá outros eventos que tomarão seu lugar.

Os cenários são bastante variados, saindo de pântanos e florestas, passando por calabouços e chegando até a ilhas voadoras ou criações de cogumelo radioativo. Porém a maior parte do mapa consiste no subsolo, onde encontraremos os maiores desafios e os itens mais valiosos.

Como o subsolo é a maior porção do mapa, também é onde passaremos a maior parte do tempo em busca de novos componentes para fabricar itens cada vez melhores e progredir no jogo. Uma pena é que, apesar de ter um sistema de crafting excelente, que praticamente todos os itens encontrados são servíveis para a construção de alguma outra coisa, o jogo não te dá qualquer informação sobre como usá-lo.

Jogadores mais antenados ao sistema de criação de itens vão dar conta de aprender por si só, a fazer os mais básicos, como o caso de armaduras ou mobiliário, mas você terá que ser engenheiro para entender sozinho como construir um teletransporte, ligando toda a fiação com fases e neutros no lugar certo, ou ainda como construir um smartphone, que são processos complexos compostos de várias etapas. O jeito é recorrer a tutoriais na internet.

Há diversos NPCs espalhados pelo mundo, e você desejará tê-los na sua casa, pois são muito úteis, vendendo diversos itens, ajudando na defesa do território, e alguns possuem até outras funções especiais. Alguns deles, simplesmente chegarão à sua casa, caso você construa um cômodo adequado para as suas necessidades, com luz e ao menos uma mesa com cadeira. Outros precisam ser encontrados e salvos no subsolo, e tem ainda os mais exigentes que requerem a construção de determinado tipo de vegetação, por exemplo.

Visualmente o jogo tem um aspecto que me lembra de Tibia (um dos primeiros MMOs lançados ainda na era Dial-up), apresentando desta forma um gráfico simples, porém muito bem modelado e com ótimas animações, sem aquele pixelado que causa estranheza ao jogarmos jogos de gerações mais antigas em altas resoluções.

Falando em gerações antigas, o multiplayer do jogo é digno da pré-história, já que exige que se digite o IP de um amigo, para que você possa se conectar ao mundo por ele criado. Além disso, desta forma você terá que deixar para trás o mundo no qual você originalmente começou seu personagem, e todo progresso será feito lá no mundo do seu colega.

Bem, ao menos há a possibilidade de um amigo ajudar o outro sempre que necessário para vencer algum chefão casca grossa, até porque a progressão se tona bem difícil após habilitar o modo Hard. Tal modo é habilitado logo após você atingir o ponto mais profundo do subsolo e destruir uma parede de carne que lá se encontra. A partir daí todos os monstros se tornarão muito mais desafiadores, e você poderá enfrentar versões tunadas dos chefes anteriormente destruídos e alguns outros exclusivos.


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