Child of Light é um RPG diferente do que estamos acostumados a jogar. Não só pelo sistema de combate em turnos, que já foi tão comum em outros tempos, mas também pelo ar de inocência e pela simplicidade, bem diferente das densas atmosferas que dominam o gênero atualmente.
Com uma história meiga e cativante, o jogo nos conta sobre Aurora, uma princesa de coração puro, que após ter supostamente morrido, acorda em um mundo de ilusões. A verdade é que sua morte não passou de um golpe da Rainha da Noite, sua madrasta a qual roubou o sol, a lua e as estrelas, restando a você a responsabilidade de restaurar a luz e salvar o reino.
Um dos pontos mais charmosos do jogo é o desenvolvimento da história por meio de rimas, o que dá um tom poético à narrativa além de contribuir fortemente para a ambientação criada em um universo de conto de fadas.
Os cenários de beleza indescritível deixam claro o alto nível de esmero da equipe artística com a apresentação de um conceito muito adequado ao tema, e que até lembra outros jogos da Ubisoft, tais como a série Rayman.
No decorrer da campanha, Aurora encontrará várias pessoas pelo caminho, que dependendo das ações do jogador, se juntarão ao seu grupo e irão ajudá-la durante o combate. Falando em combate, este se dá pelo bom e velho sistema de turnos, mas com uma particularidade bastante interessante, que é a possibilidade de o jogador manipular a ordem dos turnos.
Isso ocorre porque um dos personagens que nos acompanham durante o jogo tem a capacidade de interferir diretamente na barra de ações, o que abre um leque de possibilidades para se montar a estratégia na hora de batalhar.
Ao subir de nível, os personagens recebem pontos que poderão ser distribuídos em qualquer um dos três ramos da árvore de habilidades. Cada ramo dará ao personagem um estilo de luta que deverá ser usado em conjunto com o grupo para alcançar bons resultados em batalha.
Além disso, há também os chamados Oculi, que são espécies de joias mágicas capazes de dar poderes elementais aos seus portadores, que poderão ser usados estrategicamente a depender do inimigo a ser enfrentado.
O jogo é bem simplificado em termos de RPG, já que fora as duas coisas que citei, não há nenhuma outra opção de personalização do personagem, tais como itens de equipamento e muito menos moeda, até mesmo porque não haveria nada para se comprar. A limitação para usar apenas dois personagens do grupo por vez também me parece bastante sem sentido.
Uma coisa chata é que não aparece a quantidade de HP dos inimigos. Isso é péssimo, às vezes atrapalha a tomar algumas decisões como, por exemplo, interromper e zergar (ignorar a defesa e atacar com todas as forças) se o inimigo estiver morrendo ou trocar de personagem/curar no caso de o inimigo estar com muita vida restante.
O jogo possui troféus ou conquistas nas versões para consoles, mas infelizmente, a versão para Steam ficou devendo neste quesito, vez que, apesar de as conquistas estarem lá para serem feitas, elas são todas concentradas na Uplay.
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