Durante os últimos dias, tive a oportunidade de jogar Park Beyond, graças ao acesso a preview do título concedido pela Bandai. Com cerca de 16 horas de jogo, posso adiantar que adorei Park Beyond e o jogo tem tudo para ser divertido se houver um bom polimento nessas últimas semanas até seu lançamento, que está programado até o momento em 16 de junho deste ano.
Digo isso porque o maior problema do jogo são os bugs. É claro que é um acesso antecipado ao Beta fechado, por isso disse que o título tem tudo para ser divertido se os desenvolvedores o polirem o suficiente, já que um dos maiores problemas é o simples fato de carregar seu jogo salvo, em qualquer modo, e o jogo retornar todo estranho, com todas as atrações de chão precisando de atenção, sem gerar entusiasmo como antes, perdendo dados como avaliações das pessoas nos últimos dias e o quanto elas estão sendo utilizadas, além também de poder transformar caminhos antes bem ligados num desastre visual.
Essas informações inconsistentes atrapalham e desestimulam muito a continuação do desenvolvimento do seu parque, pois mesmo a sua montanha-russa pode deixar de funcionar corretamente. Além disso, houve diversos crashes durante tentativas de carregar jogos salvos da campanha, exigindo a alteração e carregamento de jogos salvos mais antigos para evitar problemas. Em alguns casos, a única opção foi desistir do final do terceiro e último episódio da campanha e partir para o modo Sandbox.
Outra coisa que também atrapalhou durante o terceiro episódio da campanha foi a tradução para o nosso idioma. Embora a tradução ajude em grande parte do tempo e seja bem-vinda e obrigatória atualmente, ainda mais pelo preço do jogo, houve falta de consistência em alguns lugares, como em um objetivo de missão, o que gerou confusão.
Aliás, esses não são os únicos problemas do jogo, é claro. Há bastante problema com animações, como pessoas em pé na montanha-russa, o que, para ser sincero, pode ser hilário. Outros problemas afetam a física e a aparência do seu parque, como um funcionário que passa mal e não consegue ser ajudado por paramédicos por motivos desconhecidos, atrapalhando o fluxo de visitantes. Mesmo depois de demiti-lo, ele continuou ocupando espaço no caminho do parque.
Há também falta de bom senso dos desenvolvedores. Como é possível as pessoas reclamarem de um brinquedo com fila de duração menor que 5 minutos? Isso persiste mesmo quando você cria espaço suficiente para acomodar todos os visitantes que aguardam na fila. Se fosse algo que demorasse mais de 15 minutos, eu poderia entender a reclamação. Além disso, os brinquedos pegarem fogo quando a manutenção está baixa, mesmo com pessoas ainda neles, sem causar nenhum outro problema, é uma escolha questionável para atender à Classificação Indicativa de 10 anos, de acordo com a página de Park Beyond na Steam.
Algo também que me irritou é o posicionamento de alguns objetos. Simples itens como caixas eletrônicos e máquinas de venda precisam de caminhos até eles. Não seria mais simples deixá-los posicionados iguais aos bancos? Os bancos são posicionados ao lado dos caminhos, para que as pessoas no parque possam descansar. Não teria a necessidade de poluir visualmente ainda mais seu parque se os desenvolvedores considerarem melhor esses objetos menores.
Park Beyond tem tudo para ser excelente
Talvez você pense que esta minha impressão tenha o objetivo de tirar seu interesse pelo jogo. Na realidade, se os desenvolvedores se atentarem a esses problemas e considerarem o possível feedback que receberão do Beta fechado, que começa a partir do dia 9 de maio e durará por 10 dias, Park Beyond tem tudo para ser excelente.
Durante os dias que joguei Park Beyond, tive acesso a três episódios da Campanha e ao modo Sandbox. A campanha é bem legal e o jogo é repleto de humor, o que me chamou bastante atenção desde seu anúncio. Além disso, só de Campanha já foi o suficiente para me divertir e aprender aos poucos as mecânicas de jogo. Pelo que vi das conquistas, Park Beyond terá um total de oito (8) episódios em sua campanha.
O Sandbox é o principal, considerando que é rico em cenários e o melhor do jogo, é claro. Há diversas opções para cada tipo de jogador decidir como se aventurar: em uma dificuldade relevante, algo mais desafiador ou simplesmente se aventurar casualmente em um novo parque de diversão, sem estresse algum e com muito dinheiro na conta.
Tanto na campanha quanto no modo Sandbox, você irá construir um parque de diversão do zero, com a diferença de que no Sandbox você pode simplesmente jogar com muito dinheiro, tudo desbloqueado, pouca manutenção e sem metas, apenas com interesse em observar, o que é bem legal e relaxante, acredite.
Em ambos os cenários, criar montanhas-russas em Park Beyond é uma das melhores partes do jogo. Com o que foi apresentado no estado atual do jogo, cerca de três de oito episódios da campanha, que revela mais engenhocas para seu parque a cada episódio, há muitas possibilidades para que sua montanha-russa seja criativa e única.
Gerenciar os funcionários, cobrar o preço ideal nas barracas de venda, assim como taxas de serviço e até de entrada do parque, além de posicionar as atrações nos melhores lugares possíveis, é ótimo. “Impossificá-los”, que é o mesmo de melhorá-los, tanto os funcionários quanto os brinquedos e Montanhas-russa, deixa o jogo ainda melhor. Porém, fui forçado a parar e continuaria jogando Park Beyond se não fossem os problemas citados anteriormente. E torço para que tudo dê certo e Park Beyond seja lançado com seu potencial, afinal, a trilha sonora é bem contagiante, principalmente do menu principal!
Além disso, as atrações de chão, vulgo brinquedos, são bem divertidas. Se você não tiver labirintite ou problemas parecidos, é possível acompanhar em primeira pessoa todos os brinquedos do parque e encará-los de uma outra perspectiva. Para ter uma ideia melhor de como isso funciona, confira abaixo um vídeo de algumas atrações de chão e Montanha-russa em primeira pessoa.
E por fim, acredite, Park Beyond se mostra estar bem otimizado, mesmo que de vez em quando tende a subir bastante o uso de CPU quanto mais atrações, lojas e pessoas no parque, pelo menos no PC, que é a plataforma na qual geralmente jogos costumam sair problemáticos. Por isso, reforço: se os desenvolvedores o polirem bem, Park Beyond tem tudo para estar ótimo e agradar, assim como eu, jogadores que amam jogos de gerenciamento e simulação, com pitadas de humor excelentes, embora preço não seja tão acessível, infelizmente.
Park Beyond chega em 16 de junho para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC. Acesse o site oficial de Park Beyond para mais informações.
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