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Tiro, porrada e bomba.
Streets of Rage 4 chega como o retorno tão aguardado da franquia após 26 anos sem nenhum lançamento oficial e, apesar de suas dificuldades, consegue com muito sucesso capturar a essência do velho e bom “Briga de Rua”, que eram tão influentes nos anos 90. A jogabilidade clássica misturada com novos recursos e gráficos absurdamente bem trabalhados, deixam o título com um ar mais fresco e atual, enquanto mantém a alma que fez de Streets of Rage uma franquia tão famosa e adorada por décadas. O jogo foi produzido por 3 estúdios: Lizardcube, DotEmu e Crush Guard Games.
Só voadora que avoa!
Ah, a delícia que é acertar uma voadora em cheio na boca de um malandrão, ô infância boa!
Streets of Rage 1, 2 e 3 foram títulos que fizeram um papel importante na minha infância e gravaram suas influências na minha alminha gamer. A satisfação em jogar Streets of Rage 4 depois de 2 décadas e me sentir como se estivesse sentado no chão da sala com o controle de Mega Drive na mão, feliz da vida por ter ganhado permissão a 1 hora a mais de jogatina da minha mãe já que: “Hoje a novela vai estar chata, pura enrolação!”, foi gratificante por si só e nostálgica ao extremo. A melhor parte de tudo é que Streets of Rage 4 incorpora tão bem o espírito de seus antecessores que a sensação durou a jogatina inteira, é incrível o que esses 3 estúdios conseguiram alcançar com este título. O jogo agora conta com a possibilidade de jogar com até 4 jogadores simultâneos localmente e 2 via online, o que deixa tudo mais atrativo.
A mão de dar soco chega a tremer.
Come um frango e se acalma ae, tá muito agitadão pro meu gosto.
A maior qualidade de Streets of Rage 4 também pode ser considerada sua maior fraqueza. O jogo se mantém fiel a jogabilidade já estabelecida pela franquia, o que causa uma nostalgia enorme em quem é um “encrenqueiro” de longa data, mas para quem nunca teve contato com os títulos anteriores, Streets of Rage 4 apresenta uma jogabilidade “atrasada” para 2020. Mesmo com algumas, e muito bem vindas, mudanças, o jogo falha em dar uma repaginada em sua jogabilidade e se mostrar um jogo mais atual e dinâmico. Mesmo para jogadores que conhecem e amam a franquia, o que o jogo apresenta é uma jogabilidade que poderia ser melhor aproveitada com base nos títulos anteriores. Em Streets of Rage 2 foi apresentada a mecânica de correr, porém isso era possível apenas para um personagem: Skate. Em Streets of Rage 3 essa mesma mecânica podia ser usada com qualquer personagem, que ainda contavam com uma nova opção defensiva: a rolada evasiva. O conjunto dessas 2 novas mecânicas contribuem, e muito, com a profundidade do combate, fornecendo mais opções defensivas e formas de se reposicionar no campo de forma eficiente e rápida. Já em Streets of Rage 4 essas opções foram revertidas para o formato de Streets of Rage 2, no qual somente 2 personagens têm esse tipo de opção. Adam conta com um Dash muito eficiente que é fácil de usar e muito útil em combate, enquanto a personagem Cherry pode correr pelo cenário, deixando tudo mais fluído. Isso faz com que os outros personagens, como Axel e Blaze, sejam lentos em comparação aos 2 e tenham menos opções defensivas.
O jogo é difícil? Tenho preguiça de jogo difícil.
Dê um soco na preguiça!
A dificuldade do jogo pode ser ajustada de acordo com a preferência do jogador. Eu não chegaria a dizer que a dificuldade do jogo seja balanceada, pois em alguns casos é notável que as falhas no sistema de combate são exploradas por inimigos, o que acaba fazendo o jogo parecer “trapaceiro”. Muitas vez um inimigo irá te atacar de “fora” da tela e quando você perceber o ataque será tarde demais para lidar com ele. Alguns inimigos têm movimentos que são difíceis de lidar, pois, além de serem rápidos, ainda te alcançam à longas distâncias. Torna-se complicado lidar com esse tipo de situação pela falta de opções defensivas, que consistem em animações de “Agarrar e lançar”, que é, no mínimo, difícil de acertar o tempo de execução em relação ao ataque do inimigo, e um golpe especial, que quando utilizado drena parte de sua vida. Mesmo podendo recuperar esse HP perdido executando combos em inimigos, é arriscado abusar dessa habilidade, pois, ao tomar algum hit após usar o especial, a parte “recuperável” da vida some, e, além de tudo, essa habilidade defensiva depende muito de timing de execução e quando você está enfrentando inimigos pela primeira vez é difícil saber seus padrões de ataque.
Ow…. A Blaze é muito gata, véi!
Nem me fala, véi… Musa demais!
Sinceramente, a arte e animação desenhadas à mão foram o ponto forte deste título e me deixou completamente apaixonado. A qualidade visual em geral é absurda desde os cenários à design dos personagens principais e inimigos. O estúdio Lizardcube, que é responsável pela arte do jogo, simplesmente acertou em cheio, com certeza um trabalho impecável e merecedor de palmas.
Segura ae antes de terminar…
Queria agradecer aos 3 estúdios responsáveis pelo desenvolvimento e distribuição do jogo por terem nos cedido cópias para resenha, e parabenizar pelo ótimo trabalho executado neste título, que, com certeza, trouxe muita nostalgia para muitos gamers por aí.
Streets of Rage 4 foi lançado em 30 de Abril de 2020 e está disponível para Playstation 4, Xbox One, Nintendo Switch (não há uma página do jogo em português brasileiro na eshop da Nintendo) e PC, plataforma em que essa review foi feita.
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