Você está a procura de um cooperativo online que seja desafiador, divertido e diversificado? Deep Rock Galactic é tudo isso e muito mais! Desenvolvido pelo estúdio dinamarquês Ghost Ship Games e distribuído pelo sueco Coffe Stain (Goat Simulator, Sanctum), o título está em acesso antecipado desde fevereiro de 2018 e está sendo lançado hoje com tradução integral para português brasileiro.
Sempre fui desconfiada de títulos em acesso antecipado – são muitas as histórias de empresas que se aproveitaram da boa-fé de apoiadores e entregaram um jogo quebrado. Em meados de 2018, uma amiga me deu de presente uma cópia de Deep Rock Galactic para Steam, o que me fez perceber que o early access pode trazer bons resultados. Foram 150 horas até aqui, acompanhando as atualizações e me divertindo horrores.
São vários os elementos que destacam Deep Rock Galactic da multidão. Aliás, no universo ficcional do jogo esse é o nome da empresa que admite anões mineradores para escavações no espaço. O tema de exploração é levado a sério, porque além de existirem diferentes tipos de biomas e complexidades de cavernas, os mapas são todos gerados proceduralmente. Isso significa basicamente que você nunca visitará um lugar idêntico duas vezes: cada partida é num novo local a ser desbravado.
Os gráficos são hexagonais, quase uma versão futurista de Minecraft. Não há luz natural – o que ilumina o caminho são os capacetes dos anões e lanternas arremessáveis, com brilho momentâneo. Da mesma forma, não há um caminho exato a ser percorrido: é necessário se aproveitar de um cenário totalmente quebrável para moldá-lo ao capricho dos jogadores.
São quatro as classes jogáveis: a primeira é o perfurador, que tem um lança-chamas e duas brocas capazes de abrir túneis de forma eficiente. Já o engenheiro arremessa plataformas que colam na parede, servindo de apoio para todos, bem como duas mini-torretas. O escoteiro consegue iluminar o teto das cavernas com uma luz que dura por mais tempo, além de ter um gancho que permite que ele se impulsione para qualquer lugar. Por fim, o atirador fica com uma metralhadora pesada e cordas de travessia que todos podem utilizar. Existem ainda outros equipamentos como robôs, granadas e escudos em área.
Escolhidos os anões, são vários tipos de missões disponíveis: as clássicas são de mineração, nas quais a picareta extrai das paredes minerais solicitados pela empresa. Há também missões de consertar robôs, capturar ovos alienígenas, lutar contra monstros gigantescos e eliminá-los, todas com objetivos secundários como colher flores ou fósseis. Todo serviço executado envolve eliminar hordas de alienígenas que aparecem de tempos em tempos, bem como nos momentos finais da partida.
Sim, porque Deep Rock Galactic é intenso até o último segundo: quando você completa um objetivo e aperta o botão que chama a nave de retirada, uma última onda de inimigos aparece para dificultar a rota de fuga. Você nunca sabe onde a nave vai aparecer, mas geralmente é do outro lado do mapa. O lema da companhia, “não deixe nenhum anão para trás!”, serve de desculpa para momentos incrivelmente tensos em que um dos companheiros cai a caminho da retirada e alguém banca o herói: quando dá errado é triste, mas quando dá certo é absurdamente emocionante.
A verdade é que Deep Rock Galactic encoraja constantemente a cooperação: ela é a essência de seu design. Não importa a classe que você use – é difícil atravessar o mapa ou enfrentar ameaças sozinho. Alguns inimigos paralisam seu personagem, e quando você precisa de assistência médica longe da equipe pode demorar para que seus colegas cheguem ao resgate. Além disso, as próprias ondas de inimigos exigem que você esteja próximo dos companheiros de equipe, já que os monstros chegam numa quantidade esmagadora.
Em cavernas complexas já nos deparamos com longos abismos e pérolas incrustadas em paredes altíssimas, e desvendar como a equipe pode trabalhar em conjunto para atingir objetivos é incrível. A dinâmica mais comum nas partidas é de um jogador pedindo uma plataforma, túnel ou corda para caminhar pelos terrenos, e todos se organizando para avançar pelas missões. O senso de ajuda mútua é natural, ainda mais quando os inimigos não são outros jogadores xingando online, e sim monstros que inundam os corredores.
O sucesso de Deep Rock Galactic está em sua capacidade de criar momentos memoráveis. A união de mecânicas satisfatórias, missões interessantes e variedade de inimigos são elementos importantíssimos porque resultam em situações que o grupo lembra anos depois. Lembro de inúmeras situações em que estávamos cercados e quase mortos e conseguimos fazer um milagre, ou níveis em que estava tudo bem e no momento de voltar para a nave as coisas deram dramaticamente errado.
Deep Rock Galactic passou por muitas atualizações para chegar ao seu estado atual. Aos poucos surgiram novos mapas, cada um com suas particularidades mortais, bem como aprimoramentos nos robôs, missões que dão mais pontos de experiência, biomas com eventos temporários, itens cosméticos, habilidades customizáveis e modos de jogo especiais, entre muitas outras coisas. Os desenvolvedores sempre ouviram a comunidade, e por isso a experiência do acesso antecipado foi enriquecedora para ambos os lados.
O resultado é um título de ótimo design e jogabilidade extremamente satisfatória. Antes você podia dançar com seus amigos na base; agora, além de dançar, você pode jogar basquete com barris, tomar cerveja (ou drinques sofisticados) e ir trabalhar totalmente bêbado. Sua barba é customizável e os perigos do espaço são tão desconhecidos quanto mortais. O que você está esperando?
A cópia de Deep Rock Galactic para análise foi cedida gentilmente pela Ghost Ship Games.
Deep Rock Galactic está disponível para Computador e Xbox One.
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