O grupo de personagens mais relevante da DC nos dias de hoje finalmente foi adaptado para os jogos e de maneira primorosa, uma fusão perfeita entre os moldes da franquia Batman Arkham e jogos como The Division e Warframe, com a narrativa impecável da Rocksteady e um primor de gameplay que varia entre 4 incríveis personagens. Dito isso, talvez tenhamos o melhor jogo de héroi desde Batman Arkham Knight (2015).
Acompanhe-nos para saber o que Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça tem a oferecer.
Identidade Visual
Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça tem uma identidade visual bem única e destoante dos outros jogos do seu universo, a franquia Arkham. O jogo adota palhetas de cores mais vivas, o que combina com o tom do humor que é passado para o jogador, com gráficos incríveis, apesar de estar na Unreal Engine 5, que causa vários stutters a variar de computador para computador. Eu não tive problemas no decorrer das minhas jogatinas, porém tive amigos que jogaram que sim tiveram esses stutters.
O visual da cidade de Metrópolis em Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça destoa bastante da Gotham criada anteriormente pela desenvolvedora Rocksteady. Apesar da cidade não ter o mesmo carisma da criada anteriormente Metrópolis ao decorrer do jogo e da exploração, Metrópolis vai se tornando uma cidade única e não só “mais uma cidade de mundo aberto”.
Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça também conta com incríveis feições faciais em que deixam cada personagem ainda mais único, permitindo com que cada um tenha mais impacto ao reagir a algum acontecimento ou a fazer alguma piada, o que toda vez se torna um espetáculo quando temos um plano de câmera mais focado nos rostos dos personagens.
Gameplay
Cada personagem de Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça tem suas próprias particularidades no quesito gameplay.
Bumerangue usa a força de aceleração disponibilizado por um equipamento como meio de deslocamento e seus bumerangues como meio de combate corpo a corpo.
Arlequina usa o gancho e o bat-drone do batman para se deslocar em meio Metrópolis de uma forma até parecida com o Batman, e o seu famoso Taco de beisebol para ataques corpo a corpo.
Pistoleiro usa uma mochila a jato para voar e maneira parecida com a mecânica de vôo de Anthem que é muito boa e aqui ainda é aprimorado tornando isso ainda melhor e usando suas famosas armas no braço para ataques corpo a corpo (não é tão corpo a corpo assim).
Já o Tubarão rei definitivamente é o tank do grupo ele consegue realizar grandes saltos e planar pelo poder de suas tatuagens? Ok. E usando foices para realizar ataques corpo a corpo.
Já a mecânica principal que inclui todos é o sistema de shooter over the sholder semelhante ao Warframe e The Division, o corpo a corpo serve para absorver os escudos dos inimigos para se manter vivo.
Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça também oferece uma forma de recarga rápida de munição igual visto em Gears of War onde aparece uma barra e se você apertar no momento certo ele recarrega a arma em menos da metade do tempo que seria, trazendo mais dinamismo para um jogo de shooter.
Após algum tempo são disponibilizadas habilidades, uma acrobática e outra das armas corpo a corpo, fornecendo um maior arsenal de possibilidades de gameplay para combater as forças de Brainiac.
Além de cada personagem de Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça ter sua própria árvore de talentos e após chegar no máximo liberar um sistema de progressão em que você cria especializado no que você usa e gostaria onde engloba todo o esquadrão
No geral, a gameplay de Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça é excelente e me surpreendeu muito positivamente pois ao ver trailer até cheguei a pensar que fosse se tornar enjoativa, mas se mostrou o contrário e isso é um mérito total da Rocksteady que conseguiu incrementar e não deixar o jogo cair na mesmice e muito menos se tornar genérico.
História
Não vou entrar em muitos detalhes para não dar spoiler. Abordarei apenas coisas divulgadas dos trailers oficiais.
Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça traz uma forma de narrativa ainda mais madura e crua da realidade. Este jogo definitivamente abraça uma narrativa mais equilibrada entre humor e seriedade na qual basicamente o grupo é recrutado por livre e espontânea pressão por Amanda Waller, a megera da DC, desde o início ela já se mostra bem manipuladora e faz o próprio esquadrão implantar as bombas um no outro como um meio de sair da prisão mais rápido, com isso obtendo controle sobre eles se não o resultado vai ser suas cabeças voando.
Logo nos é dado o contexto da narrativa: Brainiac invadiu a Terra e tomou controle de integrantes da liga da justiça como Batman, Lanterna Verde, Superman e posteriormente o Flash. Diana também está presente como mostrado nos trailers, porém essa não foi corrompida, e o esquadrão tem que encontrar formas de parar os integrantes da Liga da Justiça.
Ao decorrer da campanha achamos personagens incríveis como Lex Luthor, Pinguim entre outros, todos ajudando o esquadrão e melhorando o arsenal e fornecendo novas armas para combater Brainiac.
Outro aspecto de Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça intrinsecamente ligado a história é a relação do grupo, eles conseguem ter vários diálogos bons com destaque para o Capitão Bumerangue, sempre tendo piadas ácidas e comentários cirúrgicos para os momentos, mas todos tem o seu próprio tipo de humor o que torna cada um único e quanto mais o tempo passa mais apego você vai criando, pois os quatro personagens principais que foram escolhidos para integrar essa formação do esquadrão são incrivelmente carismáticos.
Os integrantes de Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça tem seus principais rivais como o Bumerangue com o Flash, Arlequina com o Batman, Pistoleiro com o Lanterna, o que sempre gera comentários hilários quanto a aparição de cada um na história.
Humor
Uma das melhores coisas criadas aqui é o humor de Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça, do qual tem um tom certo para o grupo e ao jogo em si, fazendo com que você consiga criar laços com os personagens mais fácil, não sendo um humor recente dos filmes da Marvel que se assemelha com um humor infantilizado, aqui se assemelha com um humor sórdido e até divertido semelhante ao que o James Gunn Criou nos seus últimos filmes como Guardiões da Galáxia e Esquadrão Suicida (2021).
Quando falo que o humor aqui é bem construído é o quesito de às vezes não haver sequer um diálogo, mas sim situações que criam o humor e quando você não precisa de um texto pra fazer o humor surgir é algo incrível que demonstra que você já foi ganho, em momento algum esse humor consegue atrapalhar os momentos sérios que o jogo oferece fazendo com que a tensão ainda seja criada.
Trilha Sonora
As trilhas criadas para o jogo são fenomenais, seja as de combate ou mesmo de cada integrante da liga, assemelham-se a temas clássicos dos personagens, porém com seu próprio toque de personalidade, como o Batman, Mulher-Maravilha entre outros, já quando o foco é o Esquadrão ele adota um tema mais descontraído que faz com que você sinta um êxtase no momento, seja combatendo minions do Brainiac, seja em momentos chave do jogo.
Sistema de Looter Shooter e Gaas
O sistema nem de longe é o espantalho que criaram desde que o jogo deu as caras pela primeira vez, até sem focar em grindar é possível conseguir equipamentos para progredir na história e de forma alguma te impede de prosseguir com o objetivo dela. Eu como um fã desse estilo de jogo senti que poderia ter mais impacto dos equipamentos, porém sei que não é o que o público geral gostaria. Talvez no decorrer do endgame isso se torne uma parte mais essencial do jogo.
Mas esse sistema Looter e Gaas me parece destoar do que o jogo originalmente foi pensado para ser, acredito que ele originalmente foi feito para ser mais um jogo apenas nos moldes dos Batmans Arkham, mas a Warner decidiu que queria um Gaas para tentar surfar na onda da nova leva de jogos, semelhante ao que a Sony tenta fazer com alguns jogos anunciados do Playstation.
Porém aqui teve um primor de equilíbrio entre “Game as a Service” e o primor de jogos da Rocksteady onde ambos conseguem coexistir, mesmo que pareça estranho há uma boa implementação de ambos, com capítulos posteriores da história dando continuidade saindo de forma gratuita em formato de seasons e acredito que com novas possibilidades para o Endgame.
Defeitos
O único defeito de Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça pra mim são apenas as missões secundárias apresentadas no decorrer para fornecer mais materiais e upgrades no Pinguim, Chip e Rick Flag.
Geralmente, você se encontra fazendo tower defense ou missões de escolta, até alguns momentos da história também. Não vi problemas nisso por já ter jogado bastante jogos nesse estilo e repetir infinitamente esses tipos de missão. mas sei que o público não adoraria igual eu gostei.
No entanto, o que deixa isso menos entediante para o público em geral é a gameplay única dos personagens e do jogo no geral que é extremamente bem divertida e dinâmica, contribuindo com que todo combate seja prazeroso e incrivelmente bem aplicado para cada situação.
Mas e aí, vale a pena Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça?
Sinceramente, eu acho que no momento atual vale muito a pena pra quem é fã do estilo looter shooter e também gosta da saga Arkham, pois os dois se encontram em perfeita sincronia aqui, além de fornecer bastante conteúdo e já ter o seu primeiro ano inteiro planejado com a season 1 chegando mês que vem, o que eu considero um investimento a longo prazo.
Agora para quem só espera a campanha, mesmo eu achando ela excelente e batendo de igual para igual com os jogos da franquia Arkham, acredito que não possa valer tanto por ser uma campanha relativamente curta, porém maior que alguns da franquia Arkham, como City e Asylum, além de não ter tanto apelo de pós game singleplayer como as subquests de prender personagens como havia nos antecessores.
Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça está disponível para PC, Xbox Series X|S e PlayStation 5. Acesse o site oficial de Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça.
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