Página Inicial AnálisesAnálise – Assassin’s Creed Unity

Análise – Assassin’s Creed Unity

por Nikolas Motta
Publicado em Atualizado em 4 minuto(s) de leitura
A+A-
Reset

Assassin’s Creed Unity fez uma espécie de retorno às origens deixando de lado toda aquela coisa de batalhas navais e dando maior enfoque aos elementos furtivos, que tanto fizeram sucesso nos primeiros jogos. Apesar dos vários problemas enfrentados por seu lançamento apressado, o jogo foi capaz de transmitir de maneira bem convincente a atmosfera da revolução.

A trama se passa na Paris revolucionária do século XVIII, quando o protagonista Arno Dorian se torna órfão ao ver seu pai ser assassinado. Ele então passa a ser criado por um membro da nobreza francesa amigo da família, por quem desenvolve ampla afeição.

Ocorre que alguns anos depois, já quando adulto, Arno sofre mais uma perda com a morte de seu senhor. Ávido por vingança, ele descobre descender de uma linhagem de assassinos e percebe que suas perdas são apenas a ponta da linha em um grande emaranhado de intrigas.

O ruim é que, apesar de a história ser muito bem amarrada, os seus acontecimentos são totalmente alheios aos eventos históricos que marcaram a Revolução, de forma que houve um baixo aproveitamento do tema da revolução francesa.

Daí temos lá um rico ambiente detalhadamente retratado, com embasamento histórico e tudo mais, porém sem a devida correspondência que se esperava entre tais eventos e aquilo que vemos nas missões principais.

O jogo sofreu muito com bugs em seu lançamento, vez que claramente foi lançado de forma apressada, sendo possível até encontrar pela internet vídeos com alguns dos mais bizarros deles assombrando os jogadores na época.

Porém, hoje em dia, a grande maioria já foi solucionada por meio de patches de correção, embora alguns erros ainda persistam em atrapalhar a jogatina. Enquanto jogava, algo que me aconteceu com certa frequência, é o fechamento inesperado do jogo sem nenhum razão aparente, o que pode ser considerado um erro grave.

Por outro lado, em Unity, a questão das missões repetitivas, que vinha sendo um calcanhar de Aquiles em todos os lançamentos anteriores da série, foi em boa medida enfrentada, já que o jogo nos trás missões bem mais variadas e que ainda permitem o jogador escolher o melhor estilo de abordagem para usar em cada situação.

Assim, muitas das muitas das missões possuem objetivos secundários que, se cumpridos, podem habilitar novas formas de alcançar o objetivo principal, dando ao jogador um leque de opções, como por exemplo, subornar um dos serviçais no jardim para permitir que você entre no prédio pela janela do quarto ou fazer a tradicional entrada matando todos pelo caminho, só depende de você.

Até mesmo as missões secundárias recebem um belo reforço, com novos tipos bem interessantes, tais como as correntes de missões ligadas ao delegado da cidade, em que devemos encontrar o criminoso através de investigações usando a visão de águia para encontrar pistas, ou ainda conversando com moradores. Ao final você deve apontar o culpado, e caso erre, terá nova chance porem com uma recompensa menor.

Há ainda a possibilidade de algumas missões serem feitas de maneira cooperativa pela internet. Porém se você não conhecer as pessoas com quem está jogando, é muito difícil aproveitar alguma coisa, pois em todas as experiências que tive os caras saem correndo feitos locos e mal da pra você prestar atenção no que esta sendo feito. Ao final você fica com a sensação de ter apenas passado por ali, sem ter efetivamente participado da missão.

Para tentar evitar esse tipo de situação, existe um sistema de guildas que permite o jogador montar um time fixo, em que jogadores de objetivos semelhantes podem se reunir para jogarem sempre juntos. Você pode acessar este sistema a partir do seu esconderijo no teatro.

O visual de Unity é impressionante, bem como a fidelidade para com a cidade de Paris. As construções são incrivelmente detalhadas, tanto os espaços internos quanto a fachada. Cada uma delas conta com uma entrada na memória do animus que conta um pouco sobre ela, com detalhes de sua construção e seu uso atual.

Prova disto é a Catedral de Notre Dame, que após ser recentemente consumida por um incêndio na vida real, teve em sua versão digital um forte aliado para ajudar os profissionais responsáveis pela reconstrução. Isto porque a equipe de desenvolvedores havia feito vários estudos para construí-la o mais fiel possível, inclusive com a preocupação sobre quais obras estavam expostas na galeria na época em que o jogo se passa.

Ao que parece, a Ubisoft ainda não conseguiu encontrar uma forma convincente de linkar de forma satisfatória os eventos históricos do jogo ao presente. Isso porque na era Pós-Desmond, ser abordado por uma equipe de Assassinos modernos com alegação que de os templários da Abstergo estão procurando por você não me parece uma justificativa convincente. Melhor seria se deixássemos essa questão do “presente” fora da narrativa.


Acompanhe Magnaway nas redes sociais

Quer ficar por dentro das últimas novidades, além de nos mostrar apoio? Siga Magnaway onde achar melhor: estamos no , , e na !

Isto foi útil?
Sim0Nem tanto0

Usamos cookies para aprimorar sua experiência, como permitir veiculação de anúncios e manter preferências. Aceitar Conferir Política de Privacidade de Magnaway

Focus Mode