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A noite é longa, mas o resumo não.
Vigil: The Longest Night é um metroidvania charmoso e cheio de personalidade. Nele controlamos Leila, uma Vigilante que está rumo à sua cidade natal ao reencontro de sua irmã, Daisy. Ao chegar a cidade, Leila se depara com monstros e pessoas desesperadas com a situação, além do sumiço de sua irmã. Desse ponto em diante, inúmeros mistérios são apresentados, sendo seu o papel de desvendá-los e ajudar o povo de Maye a perdurar a “Noite mais longa”.

Hm, interessante… Tem muitos monstros nojentos? Sabe?… Eu gosto de nojento!
O jogo tem inspirações em terror Lovecraftiano e o mistura com cultura Taiwanesa. Confesso não ser um conhecedor profundo das obras de H.P. Lovecraft e tenho zero conhecimento sobre cultura Taiwanesa, o que pra ser honesto, foi ótimo. Tudo que o jogo me mostrava era algo que eu nunca havia visto, com algumas exceções, é claro. Porém isso é mais voltado aos Chefes do jogo, já que os inimigos de campo são levemente comuns e não tão inspirados quanto os chefes. A atmosfera do jogo é atraente e intrigante, dando a sensação de um mundo que exala mistério e perigos a cada canto, nenhum lugar é seguro e ninguém é de total confiança. Mas respondendo sua pergunta: Sim, tem umas coisas nojentas.

E a história, é boa? Sem spoiler, hein, rapaz!
Essa foi a melhor parte do jogo na minha visão. A história é convidativa e misteriosa, por mais que tenha alguns clichês em sua raiz, ainda consegue manter a atenção e curiosidade do jogador. Ela é contada de forma ortodoxa através de missões principais, mas onde ela realmente brilha é nas missões secundárias. As missões secundárias são, em sua maioria, interligadas com a história principal e me fez ter a sensação de uma cidade viva, onde todo mundo é influenciado pelos acontecimentos na cidade e seus habitantes. Seguindo as missões principais o jogador consegue, sem dificuldade, entender toda a trama. Porém ao realizar as missões secundárias vários detalhes são revelados, lacunas preenchidas e segredos vêm à tona, fazendo com que a trama principal fique muito mais densa e viva. Com essas adições o jogador consegue formar uma linha do tempo de acontecimentos e entender, pingo por pingo, a trama da melhor maneira, quase como um detetive. E sendo sincero, o número de missões secundárias nesse jogo é gigante, e pode deixar o jogador sobrecarregado em certos momentos.

E os defeitos? Se até eu tenho, esse jogo deve ter também!
É verdade, caro leitor defeituoso. O jogo possui sim sua parcela de problemas e alguns deles são absolutamente irritantes. Um deles é o combate e fluidez das ações, que não são tão polidos quanto poderiam ser. Inicialmente é difícil acertar o tempo da esquiva, pois ela é levemente fora de tempo, há um pequeno “delay” entre o “apertar do botão” ao “realizar a ação”. Apesar de ter uma árvore de habilidades funcional e bem trabalhada, creio que o aspecto “combate” poderia ser melhor implementado. Um outro ponto negativo do jogo, e esse é dos grandes, é o Design de Level. O mapa é gigantesco, porém o design de level não consegue se aproveitar disso. Há algumas áreas, como a Área Inundada, que são um pesadelo de se navegar, tudo parece igual, o jogador fica perdido pois o mapa não demonstra com clareza onde certas saídas levam, além da tela de “carregamento” toda vez que o jogador entra em uma casa. Também há lugares, Floresta Depressiva como exemplo, onde é necessário que o jogador use plataformas para subir, porém, além de a área ser muito extensa, é cansativo subir quase infinitamente enfrentando os mesmos 3 tipos de inimigos. Também há o problema com recompensas, é irritante descobrir uma área secreta que contém um baú e ao abri-lo se deparar com 1 Poção de Vida, que posso comprar por 5 Moedas, e isso acontece tanto que me senti desencorajado a explorar.
Antes de terminar:
Gostaria de agradecer encarecidamente a distribuidora Another Indie por ter nos fornecido a cópia para review, e parabenizar a desenvolvedora Glass Heart Games pelo trabalho feito no título.
Vigil: The Longest Night está disponível para PC e Nintendo Switch.

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