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Dying Light é um dos mais recentes títulos da Techland que exploram o apocalipse zumbi de maneira talvez um pouco genérica, mas que tenta se afastar da maioria dos clichês vistos em outros games do gênero. Aqui vão minhas opiniões sobre este ótimo jogo.
Visão Geral
O game coloca o jogador na pele de Kyle Crane, um agente especial da GRE, uma organização internacional incumbida de desvendar um mistério em Harran, uma cidade fictícia do oriente médio em estado de quarentena devido a um surto viral que transformou a maior parte da população local em zumbis.
Dying Light é sobre sobrevivência, ação em primeira pessoa, luta corpo-a-corpo com armas brancas, movimentação inspirada no parkour, muitos e muitos zumbis, e um enredo não tão original mas bastante envolvente em torno disso tudo. Desenvolvido pela Techland, mesmo estúdio responsável pela franquia Dead Island, o game herda vários elementos desta IP, e implementa sobre a mesma ideia diversas melhorias.

Gameplay/Mecânica
Toda a mecânica do jogo se sustenta em dois elementos principais: combates com armas brancas, e navegação pelo cenário com técnicas inspiradas no parkour.
Para se defender dos zumbis, o jogador tem à disposição uma gigantesca seleção de armas brancas dos mais variados tipos e formatos, organizadas em três categorias básicas: two-handed, que são armas pesadas e lentas, mas que causam grandes danos; one-handed, que são rápidas e causam dano mediano; e facas, as mais velozes do jogo, mas que causam dano menor. Semelhante aos sistemas encontrados em Dead Island ou Borderlands, o sistema de drop de armas é baseado em padrões de raridade, onde determinadas cores indicam a qualidade geral da arma. Sempre que são usadas para golpear inimigos, armas se deterioram, necessitando reparos com materiais encontrados pelo mundo do jogo. O número de reparos por arma é limitado, forçando que o jogador esteja constantemente procurando por novos equipamentos.

Looting, aliás, é uma das mecânicas-chave do jogo. Para estar em plenas condições de sobreviver contra os inimigos que encontrará no caminho, o jogador deve estar o tempo inteiro explorando, abrindo baús, armários, caixas de ferramentas, enfim. Tudo isso ajuda a manter o estoque de armas e itens sempre em dia. Isso é importante para que o jogador tire proveito de outra mecânica herdada de Dead Island: modificação de armas. Usando estes materiais, assim como blueprints encontrados pelo mundo, é possível modificar todos os tipos de armas com efeitos de fogo, eletricidade, impacto, congelamento, sangramento ou veneno, que ajudam a maximizar o dano contra os zumbis.

Lutar com zumbis em Dying Light é praticamente uma arte: o jogador pode mirar em partes do corpo específicas ao golpear inimigos e causar efeitos distintos dependendo de onde o golpe foi desferido. Com lâminas, o jogador é capaz de cortar partes do corpo, já com armas do tipo blunt, como martelos, pés-de-cabra e maças, o jogador pode efetivamente quebrar os ossos dos braços e pernas, incapacitando os inimigos de diversas formas diferentes. Cortar ou causar grandes danos à cabeça, como suposto, garante o kill, mas fica ainda melhor: incapacitar as pernas previne os zumbis de te perseguirem, incapacitar os braços impede que eles te agarrem pra desferir sua mordida. Nem sempre é necessário matar os inimigos para cumprir um objetivo ou navegar por determina área.


Com um sistema simplificado de níveis, skills e experiência, o jogador é capaz de destravar habilidades especiais que vão desde novos movimentos defensivos e ofensivos até o uso de novos equipamentos, como um gancho que permite rápida navegação pelo ambiente. As skills são organizadas em três árvores diferentes, cada uma agrupando habilidades específicas para determinadas situações.

Contudo, a premissa do jogo é: não ficar parado e evitar o confronto sempre que possível. Pode ser o jogador que acabou de iniciar sua jornada, ou pode ser o cara com centenas de horas de jogo, deixar-se cercar pelos zumbis significa quase sempre a morte. Por isso é importante tirar sempre proveito do sistema de movimentação do jogo: escale tudo, salte qualquer obstáculo e esteja constantemente fora do alcance dos zumbis. O sistema de parkour é fluído, flexível e rápido de aprender, e salvará sua vida se você o dominar cedo.

Também estão disponíveis variedades de armas de fogo, como pistolas, fuzis e escopetas. Munições para tais armas são, porém, bastante raras, e caras, então não é recomendado utilizá-las em favor das armas brancas, que são o foco nos combates.

Zumbis no jogo vem em diversas variedades, alguns mais fracos e lentos, outras mais velozes e fortes, mas em Dying Light não existem caçadores de zumbis. O jogador é a caça. Quando anoitece, a mecânica de jogo é drasticamente alterada para reduzir suas chances de sobrevivência: zumbis ficam mais fortes, podem ver no escuro, e são capazes de te cercar muito mais facilmente. E por isso, o jogo te recompensa com um boost de experiência sempre que você sobreviver a uma perseguição durante a noite.

Mas porra, pra quê passar por todo esse perrengue sozinho? O jogo suporta co-op, possibilitando entrar e sair de outras sessões com poucos cliques ou abrir a sua própria sessão para outros jogadores, e também integração com a comunidade Steam, permitindo entrar em sessões públicas abertas, ou convidar pessoas para a sua sessão, diretamente da sua lista de amigos.
Ainda sobre o co-op, sempre que sua sessão estiver efetivamente aberta, é possível sair dela, e entrar em sessões abertas por outros jogadores. O sistema de matchmaking procura sessões APENAS na mesma região, então no caso do Brasil, o sistema apenas abrange sessões abertas na América do Sul.

O jogo ainda conta com o modo New Game+, possibilitando iniciar, após concluir a main story, um novo playthrough uma quantidade infinita de vezes, e há diversas dificuldades diferentes, que aumentam o desafio e adicionam novas mecânicas de sobrevivência, contribuindo bastante com o replay value.
E finalmente: PVP. Sim, existe um modo versus, assimétrico, onde um jogador pode assumir o papel do Night Hunter, um zumbi super poderoso com diversas habilidades especiais para combater os sobreviventes no modo Be The Zombie. O jogo trata este modo, do ponto de vista do sobrevivente, como uma “invasão”, então o jogador pode escolher se quer ou não que o seu jogo seja invadido por um Night Hunter. Semelhante às skills destraváveis no modo convencional, é possível destravar, através da experiência adquirida neste modo, habilidades que maximizam os poderes do Night Hunter.


Enredo
Genérico, previsível, mas ainda assim envolvente e um bom tempero para ajudar a dar sentido às ações do jogador.
Audiovisual
O jogo é uma experiência audiovisual bem distinta. Texturas, partículas, cenários, enfim, tudo foi muito bem construído para possibilitar o máximo de imersão possível. A música é algo à parte: uma mistura de ritmos eletrônicos com padrões musicais típicos do oriente médio.


Dublagem e Localização
O game é inteiramente legendado e dublado em PT-BR, e a dublagem é excelente, contando com vozes conhecidas do público como Cecília Lemes, famosa por fazer a voz da Chiquinha, de Chaves; e Mauro Castro, a voz brasileira de Max Payne no primeiro game da franquia.
Bugs e Performance
Dying Light possui pouquíssimos bugs realmente sérios, e a maioria deles só vai ocorrer devido a falhas de sincronização durante o co-op ou versus. Nada que prejudique ou comprometa a qualidade do jogo. Há, porém, alguns exploits, e.g. duplicação de itens, e alguns cheats no PVP, mas o jogo tem suporte ao VAC, mesmo sistema usado por jogos como Team Fortress 2 e Counter Strike Global Offensive, então não é difícil evitar os cheaters.
Já quanto ao desempenho, o jogo é demasiado leve e otimizado, com poucas quedas na taxa de quadros, e loading times bastante velozes, mesmo se você não o instalar em um SSD. Roda muito bem na minha rig mobile.
Dying Light está disponível para Playstation 4, Xbox One e PC (Windows e Linux).
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