Índice
Ghostrunner 2 é um jogo de plataforma com temática cyberpunk onde controlamos um ciborgue espadachim com habilidades de parkour e afins. Sendo praticamente uma continuação direta de seu antecessor, o jogo é bem direto ao ponto tanto na narrativa quanto na gameplay que focam bastante em apresentar as novidades. Para quem não jogou ou não lembra bem do primeiro Ghostrunner, mesmo sendo uma continuação, ele até que funciona bem de forma isolada, só pecando um pouco em te contextualizar nos momentos inicias sobre certas características de seu mundo.
Narrativa
A narrativa de Ghostrunner 2 não é grande coisa, mas apresenta alguns personagens bem carismáticos. Dando continuidade ao primeiro, controlamos um ghostrunner chamado Jack, ele está ajudando uma facção que tem como objetivo construir uma sociedade mais justa (ou menos caótica) para todos, uma vez que a vida na torre (cidade do jogo) é difícil e injusta para as classes baixas, mas tal objetivo se mostra ainda mais distante após o surgimento de outros ghostrunners que aparentam ser uma ameaça.
A narrativa tem algumas reviravoltas e enriquece o lore do jogo, mas o ponto alto para mim foram os personagens, eu adorei a dinâmica do Jack com a Kira e, felizmente, os dois passam boa parte do jogo juntos, sem contar que o antagonista principal também é bem legal. Ghostrunner não é um tipo de jogo que você pega para jogar esperando uma história incrível, mas ele também não deixa a desejar, tendo um ritmo excelente e personagens cativantes.
Gameplay
Sobre a gameplay, Ghostrunner 2 é um jogo frenético e, no geral, muito bem polido, então até as mecânicas mais básicas do jogo conseguem ser extremamente satisfatórias. Nele nós podemos andar em paredes, planar, dar dash, desacelerar o tempo, usar habilidades especiais e aparar ataques. Para complementar suas mecânicas, o jogo entrega um sistema de habilidades que permite você construir sua biuld com os buffs que julgar mais interessantes, eu particularmente achei uma adição descartável, mas ainda assim é uma forma de dar liberdade para o jogador diversificar sua gameplay.
Em relação aos inimigos, houveram várias adições que são apresentadas enquanto progredimos na campanha. Cada inimigo tem alguma singularidade que te obriga a fazer coisas específicas para lidar com eles, essas singularidades parecem fáceis de lidar no início, mas quando mescladas com os elementos de plataforma se tornam um desafio interessante, mas as vezes injusto. Sobre os chefes, não sei dizer até que ponto foram do meu agrado, ao mesmo tempo que todos apresentaram conceitos legais, eu senti que a maioria das lutas demoravam mais do que deveria, além de não entregar um bom feedback de dano, mesmo com a barra de vida descendo, eu não sentia que estava dando dano algum ao bater.
Level Design
Partindo para o level design do jogo, ele se apresenta bem consistente na primeira metade, tendo várias arenas com elementos que permitem você extrair o máximo das mecânicas dele, mas infelizmente esse aspecto decai um pouco na segunda metade do jogo (mais especificamente quando saímos da torre). Uma das adições mais impressionantes de Ghostrunner 2 foi a moto, a dirigibilidade dela é bem arcade, o que torna seus controles fáceis de aprender, por conta dessa adição o jogo apresenta fases BEM maiores para que possamos usufruir da moto e suas mecânicas, mas ao mesmo tempo que temos segmentos incríveis com a moto, temos também arenas mal elaboradas para certos segmentos de combate.
Ao sair da torre, muitos dos segmentos de combate e plataforma não parecem naturais, muitos desses segmentos são praticamente um campo aberto que não te dão liberdade alguma para abusar das mecânicas, te limitando apenas as habilidades especiais e ao seu dash. Outro problema nessa parte do jogo é que tem muita paredes invisíveis, foram vários os casos que eu dei de cara com uma parede invisível tentando explorar um possível caminho alternativo. Complementando os problemas desse segmento, fora da torre eu tive alguns problemas de colisão com objetos e paredes, tendo até que voltar o checkpoint em alguns casos, não era muito frequente, mas não deixa de ser anticlimático e danoso para experiência do jogador.
Conclusão
Não tem erro, se você gostou do primeiro Ghostrunner, você definitivamente vai amar a continuação. Eu levei 7 horar para finalizar a campanha, mas arrisco dizer que esse tempo possa se expandir em mais duas ou três horas caso você se sinta engajado para caçar alguns upgrades dentro das fases.
O jogo é claramente uma evolução de seu antecessor, apresentando novas mecânicas, desafios e fatos sobre seu mundo. Infelizmente a qualidade dos segmentos de parkour e combate decaem um pouco no meio do jogo, mas isso é compensado pelos segmentos de moto que são muito fodas.
Ghostrunner 2 está disponível para PlayStation 5 e Xbox series S/X além do PC, que pode ser comprado pela GOG, Epic Games Store ou Steam.
A cópia do jogo foi enviada antecipadamente pela distribuidora para a criação desta análise. Note que isto não muda minha opinião afinal.
Acompanhe Magnaway nas redes sociais
Quer ficar por dentro das últimas novidades, além de nos mostrar apoio? Siga Magnaway onde achar melhor: estamos no Google Notícias, Twitter, Facebook e na Steam!