Em desenvolvimento pela Obsidian Entertainment, Grounded foi lançado para Xbox One e PC, através da Microsoft Store e Steam, além de estar disponível no serviço do Xbox Game Pass, tanto no PC quanto no console, desde seu lançamento no dia 28 de julho, quando chegou como Xbox Game Preview/Acesso Antecipado.
Desde então pude jogá-lo com dois amigos e rir bastante, já que, além de ser divertidíssimo, o título traz uma imersão interessantíssima ao permitir que você e mais 3 amigos possam jogar como crianças que foram reduzidas ao tamanho de formigas e agora precisam sobreviver aos perigos que habitam um famoso jardim de fundo de quintal.
Dito isso, imagina só, você e seus amigos tendo de lidar com perigos como joaninhas (sério, além de fofinhas, elas podem ser perigosas, tenha cuidado!), larvas, maria-fedida ou criaturinhas irritantes como moscas? Tudo porque ou você e/ou seu amigo estava(m) onde não podia(m), cutucou(aram) com uma lança ou simplesmente está(ão) fedendo ou é(são) intruso(s).
Com 3 biomas atualmente tendo cenários bem lindos e com mundo detalhado e que reage de acordo com suas ações, como manter comida guardada e desprotegida das inocentes formigas pode dar uma dor de cabeça, sério, você ainda sim pode se perder facilmente ao dar de explorador solitário, mesmo acompanhado de amigos, e dar de cara com perigos bem maiores que você e horripilantes para alguns jogadores, caso tenham medo de aranhas, por exemplo, e acabe tendo de fugir desesperadamente ou simplesmente morrer e ter de voltar desbravadamente à sua mochila perdida. Essa quebra de padrão ao te colocar num papel que já lhe impõe extremo perigo permite que a experiência fique muito, mas muito divertida. Percorrer pelo mapa com seus amigos durante a noite é uma das coisas mais imersivas pra mim no jogo, além de ser apreensivamente tenso.
Para sobreviver ao jardim, será possível criar itens, como ferramentas, armaduras e armas, podendo melhorá-las, para facilitar sua jogatina. Também é possível criar bases da maneira que sua imaginação permitir, mas isso, dependendo da proporção, pode facilmente te trazer problemas, já que como dito o mundo de Grounded reage às suas ações, permitindo momentos bem inoportunos aos quais prefiro não detalhar pra que não estrague a surpresa. Todo jogador possui uma espécie de acessório no pulso que permite saber quando você está com fome ou sede, consumo de estâmina atual, vida e outros indicativos importantes para jogos de sobrevivência. É possível jogar Grounded em primeira ou terceira pessoa, facilitando a vida de jogadores que talvez se incomodem com a proporção das coisas e em primeira pessoa, por exemplo.
Morrer no jogo não é um grande problema, uma vez que é possível voltar à sua mochila e coletar os itens dela de volta, mesmo que você morra antes de conseguir isso, ainda será possível recuperá-la, embora dessa vez perca o indicador e passe a mostrar a última e não a antepenúltima mochila perdida. Se decidir que só quer se divertir no jogo, é possível jogar num modo pacífico, que permite que ameaças sejam removidas e você possa se divertir com bases sem se preocupar. Já para maiores desafios, há uma dificuldade que permite que as coisas quebrem mais facilmente, inimigos mais fortes e seu status de fome e sede seja mais persistente.
Já se tratando do sistema de criação de itens, para que possa desbloquear novas opções, será importante explorar e analisar tudo coletado que for novidade, o que vai liberar informações básicas de materiais necessários para criar tal coisa. Isso também permitirá que o jogador ganhe pontos de pesquisa que, mais tarde, poderão ser usados para desbloquear novos projetos, que também podem ser achados e levados ao querido BURG.L, o robô irônico que irá te auxiliar na tentativa de voltar a ser grande e estar em casa. Há também coletáveis que permitirão que jogadores possam mudar sua interface de usuário.
Mas e quanto às aranhas, cara? Eu tenho aracnofobia, fica impossível pra mim!
Eu tenho aracnofobia também e pude jogar Grounded, mas entendo que algumas pessoas possam temer mais ainda quando se trata de aranhas, correto? Pois bem, a Obsidian pensou antes de lançar a prévia e inseriu uma mecânica, de escolha individual, para jogadores que possuem medo de aranha: você pode escolher níveis de como fazer com que aranhas ajam e/ou pareçam menos como aranhas. Isso vai depender, é claro, do seu nível de fobia, o que vai de deixá-las com aparências mais fofinhas ou simplesmente com quase nada mostrando e com sons menos precisos. No meu caso, não mexi em nada, tomei bastantes sustos com as danadinhas e pude me divertir ainda mais, então será escolha sua decidir o quanto pretende mexer com elas em seu jogo. Não se preocupe.
Em desenvolvimento
Como o título está em fase de desenvolvimento e com data de lançamento atualmente para 2021, o estúdio pretende usar do feedback da comunidade, coisa que dá, por exemplo, pra informar ao desenvolvedor se está preso ou simplesmente se divertindo muito, para melhorar o jogo, mudar ou inserir novas mecânicas, então, sim, Grounded possui bugs, o que não seria novidade alguma por estar em estágio de desenvolvimento.
Então tenha em mente que seu jogo pode apresentar animações e inteligência artificial bugadas, flechas gigantes, interface bugada (interface de quando morre sendo exibida mesmo após voltar), colisão de/com objetos, preset de itens resetado e outras coisas que, espero que não aconteçam, possam comprometer sua jogatina, como o robô, importante para desbloquear novos projetos, desapareça de seu jogo, tendo assim de iniciar outra jogatina. Ter de iniciar um novo jogo não é um problema, já que de história o conteúdo é extremamente raso, mas a possibilidade de iniciar outro jogo e decidir explorar e criar bases em outros lugares é imensa.
Atualmente, Grounded não está disponível com tradução em português, apenas em inglês, mas já em jogo o título confirma que a próxima atualização de jogo irá incluir traduções, o que acredito que terá português brasileiro incluso, também. Há também a chance do título ficar apresentando problemas de conexão, mas no geral pude me divertir sem grandes dores de cabeça. É compreensível imaginar que em acesso antecipado/prévia o título possa apresentar problemas de rede.
Prefiro não entrar em grandes detalhes quanto ao desempenho de jogos no PC, uma vez que isso vai depender de vários fatores, mas o importante é pesquisar, é claro. Lembre-se de conferir os requisitos. Na minha experiência, estando Grounded em fase de desenvolvimento, não há o que reclamar, apenas esperar que possam melhorar o desempenho, o que no momento está ok.
Confira logo abaixo um vídeo do bug mais engraçado que presenciei no jogo.
Considerando que o que escrevi é uma prévia, tenha em mente o seguinte: o título pode ficar mais divertido além do que já é ou simplesmente piorar por meio de atualizações que comprometam desempenho, corrompam jogos salvos ou simplesmente tornam o jogo pior, com mecânicas chatas e por aí vai. Mas o que estou querendo dizer? Estou querendo dizer que, embora acredite que Grounded possui grande potencial e possa se tornar um jogo ainda melhor, cabe aos desenvolvedores, por meio de feedbacks da comunidade, decidir no que Grounded vai se tornar. Isto quer dizer que o que abordei hoje pode estar melhor ou pior, já que isto tudo foi baseado na primeira versão do título. Postarei uma análise e não prévia quando Grounded for lançado oficialmente, como um jogo completo, então se oriente pela data em que está lendo isto. Postarei sobre novas atualizações, quando possível, assim que forem sendo lançadas, e você poderá se basear nisso ao acessar as novidades por aqui.
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